quarta-feira, 11 de julho de 2007

Mais do mesmo de novo outra vez

Dia de visita. Estamos na Francal, versão 2007, e tudo o que consigo ver é a mesma versão de sempre de outros tantos anos anteriores. Feira de "business" é boa pra quem quer business. De resto, as mesmas caras e pernas nas entradas dos estandes, os 'isspéérrrtos' jogando 'street' na quadra improvisada e, claro, a mesma profusão de econono-inglês: fazer um "approach" ou "alinhar as percepções" (esse sim, um misto de borracharia com pai-de-santo). O prêmio vai para o colega que intimou ao microfone: "aspirante Fulana", favor comparecer ao café. Aspirante? Ao que aspira uma aspirante? A poder chamar alguém algum dia de "aspirante"?
No mesmo estande um cartazete avisava: "Cadastramos prepostos. Necessária muita resistência física e mental" (!!!). Imagino que o candidato será incumbido de abrir o mercado afegão a tapas para então inundá-lo com sandálias de borracha ou, no mínimo, montará uma loja flutuante no delta do Nilo.
Há boas idéias, embora raras. Uma delas é a marca 1001 Retalhos, cujo trabalho com bolsas consegue mostrar um Brasil mais interessantes. Todas as criações possuem temas regionais, como São Paulo, Árvores do Brasil e os modelos em patchwork com representações folclóricas (banda de pífaros, Boi Bumbá, etc. Uma das sócias, Ana Paula, diz que a idéia é justamente mostrar o "bom Brasil", isto é, a cultura longe apenas da inzonice, da malemolência, do apelo sexualizado. O trabalho ficou muito legal e pode ser visto aqui.

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