quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Marketing viral e design na eleição americana

Fim da campanha nos EUA e um tanto a aprender como fazer marketing político. Tá certo que grana faz, sim, toda a diferença...mas há que se saber o que fazer com ela. Mesmo em uma proporção absurda - nas últimas semanas, foram 160 anúncios da campanha de Obama para cada um de McCain na tevê - sem mandar bem no que veicular e como veicular, nada funciona.
Tem um material muito bacana no blog Visual Evasion - Designers for Obama.


































No Politico.com estão os "10 most viral videos" da eleição americana. O vídeo em primeiro lugar, um clip do Black Eyed Peas baseado num discurso do Obama, é uma grande sacada sobre como utilizar novas mídias com a linguagem delas.




E tem esses dois...



segunda-feira, 16 de junho de 2008

Oficina de Fotografia Ambiental - SESC Araraquara


Oficina de Fotografia Ambiental - SESC Araraquara
Upload feito originalmente por rcastro2005

Terminamos no sábado (14) uma Oficina de Expedição Fotográfica Ambiental no SESC-Araraquara. Foi bacana, com uma saída temática pela cidade e alguns recortes interessantes na captação das imagens. Mais do que pensar apenas em natureza, o trabalho permitiu ao pessoal que participou da Oficina ter um olhar singular sobre a própria cidade. Fomos a locais por onde se passa cotidianamente, mas, às vezes, pouco se vê mais detidamente.
O material agora vai servir para uma oficina de mapeamento digital e virtual em ferramentas gratuitas e online, com as imagens servindo como referência para geolocalização.
Daqui a pouco, um álbum no Flickr com as fotografias.

Milésimo transplante de medula óssea no HAC


Milésimo transplante de medula óssea no HAC
Upload feito originalmente por rcastro2005

Semana passada, mais uma foto no Hospital Amaral Carvalho, em Jaú. Desta vez um trabalho freelance para a própria Fundação Amaral Carvalho por meio da Lettera, que cuida da assessoria de comunicação.
O garoto Paulo Henrique Nunes, catarinense de 15 anos, recebeu o transplante de um irmão. O garoto sofre de leucemia mielóide crônica.
A foto foi publicada no Correio Lageano, que circula na região de São Joaquim, de onde o adolescente veio para o tratamento no HAC.
Houve também uma matéria publicada no Portal G1, da Globo.com.
Ainda discutimos nos grupos do Flickr a questão da citação de autoria das fotos, que, talvez por terem sido enviadas pela assessoria, entram como "divulgação", sem crédito.
Há algumas indefinições sobre a obrigatoriedade do crédito do repórter fotográfico ou não nesses casos, mas acho que ainda vale, para a maioria dos veículos, o fato de a imagem não ter sido contratada diretamente pela pauta.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Foto no SESC Araraquara

Araraquara, quinta, 18h34. A partir das 19h acontece a apresentação de uma oficina de fotografia ambiental marcada para sábado. Bacana poder discutir fotografia antes da expedição no final de semana. Até agora, um grupo com seis pessoas. Devem surgir outras. O grande barato vai ser discutir como cada um vê a prática da fotografia. Pouca gente vai além dos imbatíveis álbuns de família, e mesmo neles pouco percebe acerca do valor do registro.
Vamos ver. O passeio de sábado pode ser interessante.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Quinta

Fim de dia, feriado, começo de noite. Ou meio, tanto faz. Algumas poucas horas fora da estrada, na terra, bastaram para uma cor suficientemente boa para algumas fotos.
Agora é retomar Amarelo Manga. Filmão, de primeira, a prova de que as melhores histórias, quase sempre, estão logo ao lado.

terça-feira, 4 de março de 2008

Internet, cultura e conhecimento

O Estadão publicou domingo uma entrevista muito boa da jornalista Lúcia Guimarães com o crítico cultural americano Lee Siegel. Em tempos nos quais a internet é apontada como a grande panacéia da comunicação humana, vale a pena ler gente que não pensa "tanto tudo assim".
O texto completo tá aqui, ó.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Surdez virtual

Internet é isso: todo mundo tem tanto a dizer que fica difícil ouvir alguma coisa.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

De novo

Amanhã, seis aulas, duas em cada terceiro ano e uma em pré-vestibular. Volto oficialmente à escola após longas e chuvosas férias. Ensaio como dizer mais do mesmo à galera: ler, ler ler. E ler de novo. E escrever. Muito. É o que salva, não há técnica, mandinga ou cola que resolva melhor do que ler e escrever para conseguir um bom texto.

Além do material, os temas da Fuvest, Unicamp e Unesp. A primeira surpreendeu pela objetividade da prova, após anos de temas "abertos" e com um viés filosófico. As outras duas mantiveram mais ou menos a mesma linha de concursos anteriores.

Gostei mesmo foi da prova de língua portuguesa na Fuvest. O foco das seis primeiras questões foi interpretação de textos, os quais foram muito bem escolhidos. Pra variar, vale - de novo - o tal "mais do mesmo": além de compreender, um mínimo de conhecimento sobre os textos e autores ajuda. É o caso da paráfrase de Millôr sobre dar pérolas aos porcos, trecho bíblico idem citado na mesma questão. Conhecer o sarcasmo e a ironia de Millôr pode ajudar muito.

Básico.

Mídia e educação de jovens

(Publicado originalmente no Comércio do Jahu em 24.01.200)

O recém-lançado A Mídia dos Jovens, relatório produzido pela Agência de Notícias dos Direitos da Infância (Andi) e pelo Instituto Votorantim, é resultado da análise de notícias direcionadas ao segmento juvenil durante dez anos - especialmente no biênio 2005-2006. O material mostra a evolução da atenção dada pela mídia a esse público e traz informações cuja repercussão extrapola os veículos de comunicação.

Nos primeiros anos da década de 90, quando surgiram as primeiras revistas e suplementos em jornais, havia uma visão estereotipada do jovem como alguém rebelde, problemático e alienado. Demorou pouco para esse viés deixar a cena nos meios de comunicação. O espaço foi ocupado, após algum tempo de trabalho nesse segmento e algumas pesquisas, por percepções mais amplas: o jovem passou a ser notado como alguém disposto a ter papel mais ativo na comunidade; notou-se a heterogeneidade dos grupos e o anseio por protagonizar as mudanças que eles vislumbram para si e ao seu redor.

O impacto disso resvala para a escola e respinga na família, pois a expectativa do adolescente quanto aos meios de comunicação é justamente que eles expliquem ao menos parte do mundo para eles, uma vez que meios tradicionais – escola e família – parecem não dar conta de tudo.
Em parte, isso parece estar ligado ao aumento maciço da quantidade de informação disponível.

Nos últimos dez anos, tanto a segmentação do mercado editorial impresso como o conteúdo televisivo e o tráfego na internet promoveram uma disponibilidade inédita de informação. Um olhar basta para perceber a variedade de programas na tevê, cujos temas vão de seriados adultos sobre relacionamentos homossexuais a desenhos infantis específicos para crianças em processo de alfabetização; nas bancas é possível encontrar revistas destinadas a etnias específicas, a públicos com interesses idem (gamers, viajantes alternativos, adeptos do heavy metal, etc.). A internet e as mídias eletrônicas têm experimentado um crescimento inaudito que começa a dar vazão a novas formas de se relacionar, consumir e até mesmo de se auto-afirmar.

Em meio a tudo isso, a percepção dos veículos de comunicação dirigidos ao público jovem resultou em algo interessante. Após um período de “refinamento” das pautas possíveis, tem crescido na mídia o número de abordagens com relevância social, com contribuições para a formação de cidadania e respeito à pluralidade. Matérias e reportagens vêm priorizando temas vinculados à educação, comportamento e defesa dos direitos; mesmo política, tida como uma área pela qual o jovem teoricamente nutre aversão, ganhou novos contornos na mídia: em quatro anos, aumentou em 40% o número de adolescentes entre 16 e 18 anos dispostos a votar. Entre 2004 e 2006, 14 dos 18 suplementos analisados apresentaram mais de 50% de conteúdo socialmente relevante em suas páginas, desde reportagens sobre prevenção à aids e gravidez precoce a notícias sobre vítimas de diversos tipos de violência.

Esse quadro evidencia a responsabilidade intrínseca à atividade jornalística quanto à formação do jovem, pois ele não busca apenas informação. Exige análise, pede explicações, cobra interpretação. Essa característica é algo que surge também em educação quando se busca conhecimento aprofundado em vez do conhecimento factual: explicar, conceituar e compreender a relação entre a informação e a vida coti-diana, em vez de apenas apontar fatos. É quando tanto o conteúdo de mídia quanto a escola ganham um novo sentido e podem despertar outros olhares.

Em tempo: o relatório A Mídia dos Jovens pode ser encontrado na internet em www.andi.org.br e a relação entre conhecimento factual e aprofundado é citado no livro Como as Pessoas Aprendem – Cérebro, Mente, Experiência e Escola, da Editora Senac.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Luz no fim do mundo

Há pouco, tentava consertar um lustre com um olho nele e outro no fim do mundo. Entrado em anos desde que ganhou o posto na sala de jantar, o dito cujo exigiu enfim certa manutenção. A hora não poderia ser pior, pois na tevê os arautos da desgraça alternavam entre o colapso iminente da economia planetária – quiçá, universal - e os riscos de sermos soterrados, mais hora, menos hora, por uma merecida chuva ácida que haverá de limpar da face da terra os pecadores todos.

A julgar pela histeria, os riscos de um overlapping financeiro nas bolsas, seguido de brutais elevações no spread dos principais bancos mundiais e combinado com variações cambiais regidas pelo horóscopo inca são uma ameaça muito mais severa do que a chuva ácida.

Presidentes e ministros correm à televisão acalmar velhinhas poupadoras e megainvestidores lustrosos, cautelosos ensaiam compras em massa de água mineral, pilhas e comida desidratada antes de fugir para as montanhas e abrigos nucleares.

Estupefato, tento decidir entre esconder documentos e um estoque de carne-seca na gruta ou finalizar o conserto do lustre.

Depois de três dias sem luz, acho que o fim do mundo pode esperar mais um pouco.