terça-feira, 6 de novembro de 2007

Cai, cai, balão....

E mais essa, agora: o zeloso brigadeiro Ramon Borges Cardoso, diretor do departamento da Aeronáutica responsável pelo controle de tráfego áereo, disse que autoridades não decolam ou aterrissam no Campo de Marte pois há um rigor maior nos vôos com ministros e outras personas federais.
Não é ótimo saber que a pouca segurança por ali sequer preocupa as "otôridades" quando é apenas a plebe que utiliza o Campo de Marte? Bem entendido: uma plebe branca, bem instruída e bem nascida, capaz de voar em jatinhos. E podem utilizar um local vetado aos manda-chuvas porque segurança, mesmo, só vale para eles.
Sintomático da esbórnia em vigor nesse país há uns meros 500 e poucos anos. Ilustra bem essa indolência tupiniquim com o descaso, a falta de pulso em cobrar e exigir um pouco mais de respeito e consideração. Vamos mesmo nesse passo, com aviões caindo, acordos amigos e benfazejos para a Bolívia, as tarifas públicas nas alturas e as tropas de elite rosnando umas para as outras.

Em tempo: avião é bolinho. Dê um rolê durante algumas semanas nos ônibus paulistanos e veja a maravilha que se tornou o sistema com a redução de frota e mudanças nas linhas.

domingo, 4 de novembro de 2007

Madrugada

Ouvir Miles Davis torna tudo o mais desnecessário. E na maior parte do tempo, exercitar o desnecessário é a única coisa importante a fazer, a salvação de toda loucura, o anti-infarto, a saída pela esquerda.
É quando a noite desce sobre o coração feito chuva fina de madrugada, cheirando a orvalho fresco e aos cachorros vagabundos que não buscam nada em ruas adormecidas; é quando se pede perdão por não se pedir perdão quando há alguém para escutar, quando todo texto termina assim, sozinho, por conta própria.