Desmanche virtual
A decantada flexibilidade e inovação no trato da informação advindas do aumento exponencial de novas mídias - especialmente em formato digital - trouxe mais dúvidas do que certezas. Pelo menos, é o que surge em análises recentes, mais amenas após a overdose de expectativas quanto a investimento, retorno financeiro e impacto na comunicação.
Que o mundo encolheu com a internet, não há dúvida. Tudo tende a ser aqui e agora, ao mesmo tempo. Nada de novo. Mas as perspectivas quanto ao que pode dar certo, o que já deu e o que ainda pode vir a ser são um tanto quanto obscuras.
Vide as análises do State of News Media, relatório anual produzido nos EUA sobre o tema. Algumas constatações são que o ritmo do crescimento de sites de informação decresceu; o tão aguardado retorno financeiro com publicidade online mudou de foco, de anúncios do tipo banners para links patrocinados e buscas específicas - como "páginas amarelas" na internet; e o jornalismo tradicional divide espaço com blogs.
É cedo para dizer que é cedo, pois a constância das mudanças tornou-se a única certeza. Difícil estipular perspectivas temporais, do tipo "daqui a um ano será a vez deste ou daquele modo de interagir na internet". Não há mais permanência. O que existe é uma incapacidade crescente de lidar com algo tão volúvel.
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